Monday, June 20, 2011

Namorado Poeta


Namorado Poeta
[agora]
Não me faz um namorado poeta
Não me faz escrever trechos bonitos
Não me faz mais sussurrar nos seus ouvidos
Aquilo tudo que um dia tivera

Não posso gritar para o mundo ouvir
O que ele sabe, mas vale reforçar:
Mesmo com as estradas perigosas que eu possa ir.
Aqueles riscos são ridículos perto daquilo tudo que é amar

[agora]
Faz-me cambalear às vezes em prantos
Como a pedra que rola do monte ao vale
O verdadeiro amor entre tantos e tantos
Incompreendido e desrespeitado. Mais que maldade.

A primavera está caindo por terra
Como folhas secas de árvores mortas
O coração ferido por aquela flecha
E pergunto apenas: porque é que não choras?

Enquanto se afasta me deixa assim
Sozinho, doente, calado, “athim!”.
As oito letras levadas... Saúde para mim.
Agora somente poeta amante sem fim.

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