Sunday, March 18, 2012

O Viajante e a Gruta



O Viajante e a Gruta

Dias chegam e as noites os levam.
Quanto mais tu andas, mais te desesperas.
Uma gruta à vista com grandes riquezas
Riquezas que brilham mais do que estrelas

Ecoa-se então um grito feroz. Alou!!! Alou!!!
“como posso me apossar destas riquezas”
“Que fascina meus olhos e alucina minhas veredas?”
“Riquezas magníficas sejam minha, por favor.”
“Mostrarei como posso cuidar de vocês.”

“Seres iluminados pela noite e de inestimável Valor”.
“Atenda o chamado de um ser desesperado”
“Apascenta a dor e sessa o choro”
“de um viajante maltratado”
“e pela vida humilhado”

“Perdido no deserto, e desacreditado por todos”.
“... Por que ninguém responde?”
“Por que ninguém corresponde o meu chamado?”
“O que há de errado comigo?”

“Não sou bom o bastante para vocês?”
“acham que não sou digno de ser teu dono?”
“Saibam que isto muito me magoa”
“Rejeitado sem ao menos ter uma chance”

O eco de tua voz rouca de tanto desgaste
Desaparece no fim da tarde
Sussurrando apenas em teu coração:
“Que a solidão ninguém merece não.”

Porém, de que vale o eco.
Sem ao menos ficar perto
De alguém para desfrutar.
De toda filosofia que é amar.

2 comments:

  1. Oi amigo! Como sempre escrevendo bem!
    :)
    Achei dois errinhos ortográficos pra vc consertar.
    No lugar de "roca" coloque "ROUCA".
    No lugar de "disfrutar" coloque "DESFRUTAR".

    ;)
    bEIJINHOS
    Passa no meu!!!

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