Às quatro estações

Às quatro estações

Aqui jaz em outono o que outrora fora belo
o patrono do verão já não se vê a algum tempo
uma noite de luar cinza que por terra se rasteja
e numa suave brisa me leva para longe de você...

Tão suave ele vai que nem parece ser verdade
talvez fosse uma mentira sem ao menos ser abril
uma estrela cairá e apagará a sua luz
para deixar as outras livres pra brilharem um pouco mais...

Mas para quê um pouco mais se tanto faz ou pouco fez?
Diga-me você! Que me encharca solidão
ainda que de coração sejam estes argumentos vãos
mal diz aqui ora, pois, toda vez este ser...

É verdade que o outono precede um grande inverno
nos preparando para o frio de estarmo-nos sozinhos
só que a chuva que aí cai, me molha com os respingos
deixando-me em deserto no outro canto da cidade
esperando uma primavera que floresça meu recinto.