Nos latifúndios da imaginação
Lembro-me de inúmeras pessoas
Todos caminhavam pela imensidão
O que mais pode acontecer...?
Pessoas de todo o tipo,
De todas as etnias e raças,
Mas são todos humanos
Nada especial, também usam mascaras.
Fantasias de quando criança
Frutos de uma mente criativa
Sonhos da minha infância
Pesadelos da minha vida
Navegam em quatro rodas
Cabisbaixo um náufrago emerge
Com os joelhos no antebraço; um fracasso...
O que aconteceu não interessa.
Todavia chama atenção
Sujeito sujo pode ser ladrão!
O bem vestido é meu amigo
Mas abraça a corrupção.
Felicidade está com você?
Se estiver o que quer dizer?
E a vivência é na paz?
Mais que rapaz! São iguais?
Paz na guerra
Desunião na comunhão
Conflitos por um grão de terra
Sobrarão vassouras pra filiação.
Mesquinharia no café da manhã
Escadaria humana pra subir na vida
Um segundo pra morrer alguém
Crianças corrompem-se no entardecer
De que adiantaria?
Se mais tarde acabaria
O que aconteceria?
Se não tivéssemos fé...
Doar o próprio filho
Pra salvar quem deita pra dormir
Sem ao menos agradecer
Pelo dia, pela vida, por existir.
Trabalhos noturnos e diários
Sem o merecido respeito
Empurrando o prato de comida
Para longe dos que sentem fome
Só porque há um verde no xadrez
O que você fez!?!
Jorrando o líquido da vida
Poluindo sua casa com estupidez!
Os negócios estão em alta
Trocando vidas por papel
Oh que novidade!
Aqui isso já tem também.
Seres evoluídos cavadores de poço
Da maldita solidariedade orgânica
De pessoas individualistas
Amaldiçoadas pelo capitalismo
Temo pelas crianças com câncer
Anjos que não tiveram sorte
Infelizes amarraram minhas mãos
E não adianta o quão eu seja forte
Simplesmente pior que a morte
Fugir sempre vem em primeiro
Não tentarei a mesma sorte
A mascote já não sou eu
Mas enquanto houver fuga
Sempre haverá dor
E no mesmo esplendor
O ciclo continua...
No comments:
Post a Comment